A resposta saiu rápida e sentida. "Não queria meter-me em mais nada, mas tem de ser".E vai ser. Candidato a presidente do 1º de Maio de Figueiró. Apesar das diferenças que nos separam, senti naquelas palavras a comunhão de sentimentos pela colectividade que nos une. E a muita tristeza por ter chegado onde chegou. E donde é necessário partir rapidamente. Mais um reencontro de velhos amigos, que as contingências da vida tantas vezes separa, mas que acabam por encontrar um ponto em comum.
As maiores felicidades para o Barros e sua equipa de candidatos.E provaveis dirigentes.
A crise, por que passa actualmente o clube 1º de Maio de Figueiró, tem raízes profundas. A dificuldade de conseguir um elenco directivo era prato habitual até 1980. Graças a um grupo de jovens determinados, entre 1980 e 2003, portanto, durante 23 anos, foi sempre relativamente fácil conseguir direcções que, no entanto, passavam por dificuldades dos diabos para levarem a cabo a sua tarefa. Agora parece que se voltou atrás, algumas dezenas de anos atrás, o que, aliás, não me espanta. Há anos escrevi umas notas, que poucos quiseram entender, sobre o poder dominante na freguesia e que está a condicionar a sua evolução e o seu progresso. E que se mantêm actuais. Na verdade, continua a haver demasiados generais nesta terra que, a continuar assim, vai estagnar irremediavelmente.
A notícia chega pelo telemóvel. Ontem na assembleia geral ficou decidido fazer a limpeza às instalações e entregar as chaves do Clube. Tento a confirmação. Os meus amigos estão no debate. Prometem telefonar mais tarde.
A estatégia do abandono para a vinda dos salvadores não pode passar.Basta de golpismos.