Terça-feira, 12 de Junho de 2007
E o Tiago nem queria tanto
Porém, ia morrendo de estupefacção, quando vim a constatar que esses placares apenas serviam para quatro coisas: anunciar a temperatura, anunciar as horas, fazer publicidade a uma casa de aparelhos electrónicos e servir de mijadouro para cães.
Manuel Maia, Tribuna Pacense, 11.05.07
Sábado, 19 de Novembro de 2005
Arménio Pereira politicamento correcto
Arménio Pereira foi ouvido pelo Novas do Vale do Sousa a propósito do IC25, pelo qual lutou durante anos. Diz Arménio que lutou praticamente sozinho e queixa-se: "Na altura da vitória do Guterres fiquei triste, porque não recebi dos meus pares dos outros partidos a mesma solidariedade que durante os governos de Cavaco Silva eu sempre prestei. Sempre fui uma voz crítica contra o Governo". "...os meus colegas afectos ao PS não me deram a mesma solidariedade que me deram quando os Governos eram do PSD". Então, e muito pertinentemente, o entrevistador perguntou: "Essa é uma crítica aos restantes autarcas do Vale do Sousa?" A pergunta até parecia desnecessária tal a clareza das palavras de Arménio. Enquanto os governos eram do PSD, eles, autarcas do PS, embarcavam com ele do PSD na luta contra o Governo. Depois que o Governo passou para o PS, acabou-se a solidariedade regiolnal, acabou-se a luta pelo IC25, a luta pelos interesses das populações do Vale do Sousa. A partir daí outros valores mais alto se levantaram. Os valores da solidariedade política, os interesses partidários, os interesses individuais de manter os cargos de autarcas, que poderiam ser postos em causa, com essa coisa do IC 25. As palavras de Arménio relatavam factos que punham em causa os autarcas socialistas. Eles eram uns oportunistas. Lutavam pelo IC25 tão só e apenas quando essa luta não punha em causa os seus interesses de ordem política e partidária. Arménio, no entanto, apenas ficou triste, quando tinha razões para ficar revoltado com os seus colegas autarcas, que assim demonstravam valer zero como defensores dos interesse da região e das suas populações. E à pergunta respondeu não. As suas palavras não eram de crítica aos colegas-disse. Então o que eram? A sua opinião sobre as suas próprias palavras aos leitores pouco interessará. Eles são soberanos para, das suas afirmações, retirarem as suas conclusões.Ele, Arménio, depois de as produzir, é um comentador como outra pessoa qualquer. Não lhe pertence qualquer privilégio de intérprete autêntico. Ao dizer que não criticava foi apenas diplomático, politicamente correcto.